O Rio
Grande do Norte se tornou, nesta primeira semana de dezembro, um dos maiores
pontos de encontro da educação científica brasileira. A Olimpíada Nacional
GLOBE Brasil e a 1ª Feira Nacional de Ciências GLOBE Brasil foram consideradas
um grande sucesso, reunindo presencialmente delegações de 11 estados, além de
mobilizar, de forma virtual, estudantes e professores de 19 estados do país. As
atividades também envolveram participantes de várias cidades do Rio Grande do
Norte, incluindo fortíssima presença das escolas públicas, que se destacaram
tanto na Feira quanto na Olimpíada.
Ao
longo de dias intensos de imersão científica, as equipes percorreram
ecossistemas potiguares: salineiras, manguezais, estuários, áreas costeiras e
territórios do sertão, aplicando protocolos internacionais do Programa GLOBE,
iniciativa global apoiada pela NASA e responsável por fortalecer a ciência
cidadã no Brasil.
O
estado se transformou em um laboratório vivo, onde jovens pesquisadores puderam
observar fenômenos ambientais, coletar dados e relacionar suas descobertas aos
desafios sociais e climáticos das cidades onde vivem. “ Já participei de feiras
no sul e Sudeste do país, mas apresentávamos o trabalho só em auditórios. Aqui no RN tivemos a chance de ir para as
comunidades e viver a ciência aplicada na vida das pessoas. Eu achei tudo incrível !” Declarou o
estudante Matias Araújo, do Amapá que, para chegar na capital potiguar, teve de
pegar barco, avião e ônibus em quase 3 dias de travessia.
Realizada
pelo Programa GLOBE Brasil, em parceria com a UFRN, Agência Espacial Brasileira
(AEB), SEEC/RN e FAPERN, com apoio do CNPq e da Mútua/RN, a iniciativa
demonstrou o alcance nacional do GLOBE e seu papel na promoção do protagonismo
juvenil. A diversidade de regiões envolvidas
Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, trouxe uma multiplicidade de olhares que
enriqueceram os debates e ampliaram a compreensão sobre a realidade ambiental
brasileira.
Na
tarde do dia 1º de dezembro, o auditório do CTEC/UFRN recebeu a apresentação dos
29 projetos finalistas, resultado de meses de investigação científica em campo.
Os estudos exploraram qualidade da água, mudanças climáticas, biodiversidade,
dinâmica de manguezais, impactos urbanos, processos costeiros e outros temas
cruciais para a sustentabilidade do país. Muitos desses projetos vieram de
escolas públicas, demonstrando a potência da ciência produzida na educação
básica.
Para a
coordenadora da Olimpíada, professora Mariana Almeida (UFRN), o impacto
educacional é evidente: “A ONGB está mostrando que
a ciência nasce do chão onde cada estudante pisa. Quando eles observam,
registram e interpretam seus próprios resultados, descobrem que a pesquisa não
é um universo distante: é uma lente que transforma o olhar e fortalece a
cidadania ambiental.”
A
premiação da Olimpíada Nacional GLOBE Brasil ocorreu nesta primeira semana de
dezembro , reunindo as delegações finalistas e celebrando os destaques desta
edição. No mesmo dia, foi aberta ao público a 1ª Feira Nacional de Ciências
GLOBE Brasil, realizada na UERN, Zona Norte de Natal com programação presencial
e virtual. Oficinas, rodas de conversa,
exposições, experimentos científicos e atividades formativas enriqueceram a
experiência de estudantes, professores, pesquisadores e instituições parceiras.
Segundo
Aline Veloso, Coordenadora Nacional do Programa GLOBE no Brasil, o sucesso da
Olimpíada e da Feira evidencia o papel estratégico da colaboração entre
instituições:“A parceria entre a UFRN, a Nasa, Agência Espacial Brasileira e os demais
parceiros tem ampliado a formação de professores e o engajamento dos estudantes
em atividades investigativas. Iniciativas como as Olimpíadas e a Feira
contribuem para formar jovens mais conscientes, críticos e comprometidos com a
proteção do meio ambiente.”
Com alcance
nacional e impacto direto no território potiguar, a Olimpíada e a Feira GLOBE
Brasil reafirmam o Rio Grande do Norte como um espaço vibrante de inovação,
colaboração e ciência cidadã, e fortalecem uma nova geração de jovens capazes
de transformar o futuro por meio da investigação e do conhecimento científico.

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