segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

MDB joga a toalha e desiste de montar nominata para deputado federal

 


O MDB caminha para as eleições de 2026 enfrentando cenário delicado e fragilidade. O partido vive, hoje, duas situações atípicas. A primeira é a possibilidade real de o vice-governador Walter Alves não assumir o Governo do Estado em caso de renúncia da governadora Fátima Bezerra. A segunda, e talvez mais sintomática, é a desistência prática do MDB em montar uma nominata para deputado federal.

A legenda chegou a articular uma chapa com nomes como Kelps Lima, Dr. Bernardo, Micarla de Souza e Rafael Motta. No entanto, a falta de viabilidade eleitoral, aliada à ausência de esteiras levou o partido a recuar. Sem musculatura eleitoral suficiente, o MDB acabou jogando a toalha e abandonando o projeto de disputar com força as cadeiras federais. Com isso, alguns desses nomes já avaliam migrar para outras siglas, com o Republicanos surgindo como um possível destino.

No cenário mais amplo, apenas um partido e duas federações despontam, neste momento, como capazes de montar nominatas realmente competitivas. O PL aparece como o mais estruturado, tendo o deputado General Girão como puxador de votos e filiação de nomes como Carla Dickson e Nina de Souza. A federação PT/PCdoB/PV conta com Natália Bonavides, que deve concentrar grande votação em Natal. Já a federação PP/União Brasil enfrenta um processo de esvaziamento interno e dificuldades.

A disputa promete ser dura. Dos atuais parlamentares que tentam sobreviver eleitoralmente, os cálculos de bastidores indicam que apenas dois conseguirão se manter. Carla Dickson já anunciou que vai esperar a janela partidária para deixar o União Brasil rumo ao PL, movimento que deve ser seguido por Nina. Benes Leocadio, Robinson Faria e João Maia, sem esteiras, tendem a disputar espaço em condições desfavoráveis. Nesse jogo de cadeiras, ao menos um dos nomes tradicionais deve ficar pelo caminho.

Ismael Souza

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