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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Hospital do Coração passa a atender pacientes do SUS no RN

 


Hospital do Coração, em Natal, no Rio Grande do Norte — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi/ARQUIVO

O Hospital do Coração, em Natal, vai passar a atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Norte a partir de janeiro. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (15), em Natal, durante a assinatura do contrato, em evento que reuniu representantes do Ministério da Saúde, do governo do RN e do hospital.

A inserção da unidade de saúde privada para atendimento pelo SUS se dá através do programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde.

A perspectiva é de que sejam atendidos de 100 a 200 pacientes por mês na unidade, respeitando a fila de regulação estadual.

Segundo o Ministério da Saúde, o investimento previsto no contrato é de R$ 14 milhões por ano.

“Essa primeira etapa que começa agora no mês de janeiro nós vamos atender principalmente aquelas especializadas que tem maiores filas, como as doenças da mama, da próstata, da ortopedia, que as filas são maiores”, explicou o diretor do hospital Nelson Solano.

“Mas, na verdade, todas as áreas de alta complexidade nós deveremos integrar ao longo de 2026. A demanda que foi estabelecida para esse contrato, de R$ 14 milhões por ano, há um volume de cirurgias por mês que nós acreditamos ser em torno de 100 a 200 pacientes por mês”.

Com o acordo, o Hospital do Corração se tornou o primeiro hospital privado do Rio Grande do Norte a atender pacientes por essa iniciativa do governo federal, que busca reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias.

Segundo o Ministério da Saúde, por meio do programa Agora Tem Especialistas, o governo federal garantirá para o estado o acréscimo de atendimento na rede pública de mais de 4.300 procedimentos por ano, sem custo para o Estado, nem para os pacientes do SUS.

“A gente tem uma perspectiva de até R$ 28 milhões [de investimento]. A depender do número de outros estados que não venham a cumprir sua cota, isso poderá ser expandir, segundo o próprio Ministério [da Saúde] nos informou hoje [segunda] pela manhã”, explicou o secretário de Saúde do RN, Alexandre Motta.

“Mas hoje, com essa parceria com o Hospital do Coração e o grupo Athena, isso dá R$ 14 milhões de investimento. Isso significa um aporte mensal de mais de R$ 1 milhão. Lembrar que isso é dinheiro extra-teto, não é dinheiro que já está na pactuação do SUS”, completou.

As especialidades no programa são: ortopedia, ginecologia, cardiologia, otorrinolaringologia e oftalmologia.

Como contrapartida, o Hospital do Coração de Natal recebe créditos financeiros para abater dívidas com a União.

“É a possibilidade de você trocar dívida, ou seja, pagar, compensar dívida, seja ela passada ou futura, pagar imposto corrente, imposto federal, fazendo atendimento, atendendo a população brasileira. Essa oferta a mais ela vai se conectar justamente à regulação estadual”, explicou o diretor do programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, Rodrigo Alves.

G1RN

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Governo começa a distribuir vacina contra vírus sincicial respiratório

 


O Ministério da Saúde começa a distribuir nacionalmente, nesta terça-feira (2), o primeiro lote da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR). O primeiro lote, com 673 mil doses, será enviado a todas as unidades da federação para imunização gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O grupo prioritário é o das gestantes a partir da 28ª semana de gravidez. O ministério informa que não há restrição de idade para a mãe. A recomendação é tomar dose única a cada nova gestação.

Em nota, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca a proteção de gestantes e bebês. “A chegada dessa vacina é uma novidade e reforça o compromisso do SUS com a prevenção e com o cuidado integral das famílias brasileiras”, afirmou.

Objetivo

O foco é a proteção dos bebês, com a redução dos casos de bronquiolite em recém-nascidos. Nesse período, os bebês são mais vulneráveis a desenvolver as formas mais graves da infecção, que levam à hospitalização.

Em 2025, até 22 de novembro, o Brasil registrou 43,2 mil casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados pelo VSR.

Os resultados do estudo Matisse (sigla em inglês para Maternal Immunization Study for Safety and Efficacy) confirmam o benefício da vacinação.

Onde se vacinar

A gestão dos estoques das vacinas recebidas é de responsabilidade das secretarias de Saúde dos estados e dos municípios, que poderão iniciar imediatamente a vacinação nos postos de saúde nas unidades básicas de saúde (UBSs).

O Ministério da Saúde promete garantir o abastecimento necessário para a execução das estratégias locais de vacinação.

Nas UBSs, a orientação para as equipes é verificar e atualizar a situação vacinal das gestantes, incluindo as imunizações contra a influenza e covid-19, uma vez que a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) pode ser administrada simultaneamente com esses imunizantes.

Doses

O Ministério da Saúde comprou 1,8 milhão de doses do imunizante, incluindo as entregas do início de dezembro. As demais seguirão o calendário firmado pela pasta com estados e municípios. Confira aqui a quantidade de doses que serão distribuídas aos estados inicialmente.

O Distrito Federal é a primeira unidade da federação a receber as doses. As demais recebem até quarta-feira (3).

Fabricação nacional

Na rede privada, a vacina pode custar até R$ 1,5 mil.

incorporação da vacina no SUS foi possível após acordo entre o Instituto Butantan e o laboratório produtor do imunizante, que assegurou a transferência de tecnologia ao Brasil.

Com isso, o país poderá fabricar o imunizante, ampliando a autonomia e o acesso da população a essa proteção contra o vírus.

Bronquiolite

A bronquiolite é uma doença respiratória aguda que se manifesta de forma grave, principalmente, em crianças de até 2 anos e também em idosos, causando dificuldade respiratória e podendo levar à morte.

A doença é caracterizada pela inflamação dos bronquíolos, que são finas ramificações que levam o oxigênio até os alvéolos dos pulmões.

Os sintomas geralmente aparecem gradualmente, até seis dias após o contágio. Entre os principais estão: obstrução nasal; coriza clara; dificuldade para respirar; tosse; respiração rápida e chiado no peito, e febre. Em situações mais graves, podem ocorrer cianose (arroxeamento dos lábios e extremidades) e pausas respiratórias.

Não existe um medicamento que cure diretamente a infecção viral, ou seja, que mate o vírus ou que desinfle o pulmão de forma imediata. Geralmente, o tratamento dos sintomas tem o objetivo de dar suporte às funções vitais das crianças, para mantê-las respirando bem, confortáveis e hidratadas.

Agencia Brasil

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Saúde anuncia R$ 9,8 bi para adaptar SUS a mudanças climáticas

 


O Ministério da Saúde anunciou neste domingo (30) um investimento de R$ 9,8 bilhões em ações de adaptação no Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo a construção de novas unidades de saúde e a aquisição de equipamentos resilientes às mudanças climáticas.

Em nota, a pasta informou que as iniciativas integram o AdaptaSUS, plano apresentado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, com estratégias que preparam a rede para enfrentar impactos das mudanças climáticas.

No 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), onde o anúncio do investimento foi feito, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a crise climática como um problema de saúde pública e destacou que, em todo mundo, um em cada 12 hospitais paralisa suas atividades por causa de eventos climáticos extremos.

Durante o evento, o ministro lançou o Guia Nacional de Unidades de Saúde Resilientes, que orienta sobre a construção e a adaptação de unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto atendimento (UPA) e hospitais, de forma que as estruturas possam resistir a eventos climáticos.

O documento, segundo a pasta, passa a integrar projetos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Saúde), com diretrizes sobre estruturas reforçadas, autonomia de energia e água, inteligência predial e padrões de segurança.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Saiba como será oferta de vacina que previne bronquiolite em bebês

 


Ministério da Saúde anunciou que mulheres grávidas poderão receber a partir de dezembro a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador de bronquiolite em bebês. O imunizante será oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a gestantes a partir da 28ª semana da gestação. 

O primeiro lote, com 673 mil doses da vacina, já começou a ser distribuído aos estados. A orientação do ministério é que, com a chegada das doses às unidades básicas de saúde (UBS), as equipes verifiquem e atualizem a situação vacinal de gestantes, incluindo ainda a imunização contra a covid-19 e a influenza, já que a vacina contra o VSR pode ser administrada junto a outras doses. Na rede particular, o imunizante pode sair por até R$ 1,5 mil.  

A bronquiolite é causada principalmente por infecções virais, sendo o VSR o agente infeccioso mais comum. Acomete principalmente crianças menores de 2 anos, causando dificuldade para respirar, febre e tosse.  

A vacina que será oferecida às gestantes oferece proteção imediata a recém-nascidos, reduzindo a necessidade de hospitalizações quando os bebês são infectados pelo vírus sincicial.  

De acordo com estudos, a vacinação materna demonstrou uma eficácia de 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos bebês durante os primeiros 90 dias após o nascimento. 

Todas as gestantes, a partir da 28ª semana de gravidez. Não há restrição de idade para a mãe. A recomendação é tomar dose única a cada nova gestação. 

O vírus sincicial respiratório é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e por 40% dos casos de pneumonia entre crianças com até 2 anos.  

De acordo com o ministério,  o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por VSR em 2025, considerando dados até 15 de novembro. Desse total, 82,5% foi registrado em menores de 2 anos. 

Como a maioria dos casos é provocado por infecção viral, não há tratamento específico para bronquiolite. O manejo é feito apenas com base no tratamento de sinais e sintomas e incluem terapia de suporte, suplementação de oxigênio, hidratação e uso de broncodilatadores, sobretudo quando há chiado evidente. 

Agência Brasil

terça-feira, 18 de novembro de 2025

IA combina imagem e dados clínicos e detecta câncer de pele agressivo com 94,5% de precisão, aponta estudo

 


Um novo sistema de inteligência artificial (IA) conseguiu identificar melanoma — o tipo mais agressivo de câncer de pele — com 94,5% de precisão, ao integrar a análise da imagem da lesão com informações clínicas básicas do paciente, como idade, sexo e local do corpo onde a pinta aparece.

A abordagem, descrita por pesquisadores da Universidade Nacional de Incheon, na Coreia do Sul, promete dar um salto na detecção precoce da doença e ampliar o acesso ao diagnóstico.

Melanoma é difícil de identificar
O melanoma é um dos tumores de pele mais difíceis de diagnosticar, mesmo para especialistas. Muitas lesões parecem benignas, confundem médicos e atrasam o início do tratamento — e, nesse câncer, semanas fazem diferença.

Isso porque o melanoma é altamente agressivo e tem grande capacidade de invadir camadas profundas da pele e alcançar vasos sanguíneos e linfáticos. Quando isso ocorre, as células cancerígenas se espalham rapidamente para outros órgãos, como pulmões, fígado e cérebro.

A evolução costuma ser muito mais veloz do que em outros tipos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular ou o espinocelular. Por isso, o diagnóstico precoce é considerado o principal fator para aumentar as chances de cura: quando identificado ainda na fase inicial, o melanoma pode ser removido com cirurgia simples, com taxas de sobrevida que ultrapassam 95%.

Com atraso, porém, o cenário muda: a doença exige tratamentos mais agressivos, tem risco maior de metástase e as chances de sobrevivência caem de forma significativa.

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Huol-UFRN/Ebserh comemora 20 anos da primeira cirurgia bariátrica e consolida referência nacional em atendimento multidisciplinar e ensino

 

O Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), vinculado à Rede Ebserh, celebra duas décadas da realização da sua primeira cirurgia bariátrica, marco que consolidou a instituição como referência na área. Desde então, o serviço já contabiliza cerca de 1.500 procedimentos realizados, sempre com foco no cuidado integral e na formação de profissionais de saúde.
O início dessa trajetória, segundo Eudes Paiva de Godoy, responsável pela implantação do serviço, foi repleto de desafios. “O primeiro, sem dúvida, foi viabilizar a cirurgia por vídeo no âmbito do SUS. Os materiais eram muito caros, e tivemos que encontrar um equilíbrio para realizar uma cirurgia mais econômica possível, gastando o mínimo de materiais de alto custo”, relembra.
Ao longo desses 20 anos, o Huol-UFRN se destacou não apenas pela inovação cirúrgica, mas também pela forte atuação multidisciplinar, uma marca que, segundo Godoy, diferencia o serviço. “Costumo dizer, sem medo, que é o local dentro da nossa universidade onde mais fazemos atividade multidisciplinar de fato. Recebemos rotineiramente alunos de Fonoaudiologia, residentes de Fisioterapia, Psicologia e Medicina. Hoje contamos com uma equipe composta por dentista, fonoaudióloga, psicóloga, fisioterapeuta, assistente social e enfermeira, todos com papéis fundamentais no preparo e no acompanhamento dos pacientes.”
A experiência acumulada também resultou em avanços acadêmicos, como a criação recente da disciplina de Fonoaudiologia em Cirurgia Bariátrica no Departamento de Fonoaudiologia da UFRN, inspirada diretamente no trabalho desenvolvido pelo serviço do Huol/Ebserh. “Isso mostra que a prática clínica aqui tem desdobramentos no ensino e na formação de novos profissionais”, destaca o médico cirurgião.
Eudes Godoy relembra que, no início dos anos 2000, a cirurgia bariátrica começava a se expandir no Brasil, ainda restrita a poucos centros. “Havia cinco centros no país que faziam esse tipo de cirurgia. Fui a São Paulo aprender com o professor Arthur Belarmino Garrido Júnior, da USP, um dos pioneiros. Voltamos e implantamos o serviço no Huol. Fui um dos primeiros cirurgiões a realizar cirurgia bariátrica por laparoscopia no país”, comenta, orgulhoso.
Com o tempo, o serviço potiguar se tornou referência nacional em cirurgia bariátrica laparoscópica e em treinamento de cirurgiões, recebendo profissionais de todo o Brasil para aperfeiçoamento técnico. “Nossa residência se transformou em centro de excelência em videolaparoscopia. Aprendemos muito ao longo desses anos, inclusive sobre o funcionamento das operações e como elas influenciam os hormônios que se comunicam com o cérebro — conhecimento que hoje baseia novos medicamentos como o Mounjaro”, explica.
Após duas décadas de conquistas, o objetivo agora é fortalecer a produção científica. “Conseguimos funcionar, atender e ensinar, mas agora precisamos produzir ciência de alta qualidade. Queremos trazer recursos externos para investir em pesquisa e melhorar ainda mais nossa estrutura. Temos um hospital de alto volume do SUS, uma equipe qualificada e a vontade de avançar, porque essa é a missão da universidade”, conclui Godoy.
Vinte anos depois, o olhar da primeira paciente
A história da cirurgia bariátrica no Huol-UFRN também se confunde com a trajetória da professora Andreza Santos de Moura Pinheiro, a primeira paciente a ser submetida ao procedimento na instituição. Duas décadas depois, ela relembra com emoção o que viveu.
“Foi um misto de alívio, medo e uma alegria imensa”, conta. “O alívio vinha da certeza de que eu finalmente teria uma chance real de mudar de vida, de ter saúde. O medo era inevitável, por ser a primeira, a ‘pioneira’. Mas a equipe do Huol era tão dedicada e bem-preparada que a confiança deles me acalmou. Lembro-me de sentir que estava abrindo uma porta não só para mim, mas para muitas outras pessoas. Foi um privilégio, uma verdadeira luz no fim do túnel.”
Antes da cirurgia, Andreza convivia com as limitações impostas pela obesidade. “A lembrança mais forte era a das dificuldades simples, amarrar o sapato, subir escadas, encontrar roupas, lidar com as dores e com o cansaço constante. Depois, a coisa mais marcante é o ar leve. Quando o peso começou a cair e as taxas de saúde a melhorar, era como se o mundo se abrisse. Lembro da primeira vez que consegui caminhar longas distâncias sem me sentir sufocada. A equipe do Huol virou uma segunda família.”
O impacto, segundo ela, foi “total, em 360 graus”. “Ganhei anos de vida e, mais importante, qualidade de vida. Recuperei minha autoestima e voltei a fazer planos. Hoje, posso brincar com meus netos, viajar, viver sem limitações. É uma liberdade que eu não conhecia.”
Na época, Andreza também enfrentou preconceito e desconhecimento sobre o procedimento. “Vinte anos atrás, a cirurgia bariátrica ainda era vista como uma ‘saída fácil’. Muita gente não entendia que obesidade é uma doença crônica e complexa. Eu lidei com isso focando na minha saúde. O resultado falou por si: meu sorriso e minha energia provaram a importância dessa decisão.”
Ao ver o Huol/Ebserh celebrar os 20 anos da cirurgia, a professora se emociona. “Ah, isso me enche de orgulho! Ver que um passo tão importante, que começou comigo, se transformou em um programa sólido que já ajudou centenas, talvez milhares, de vidas é indescritível. Sinto-me parte de uma história maior, um elo nessa corrente de esperança e cuidado.”
Antes de encerrar, ela deixa um conselho aos novos pacientes: “A cirurgia não é mágica. É uma ferramenta poderosa, mas exige acompanhamento e disciplina. O segredo é ter paciência e amor-próprio. Confie na equipe, faça a sua parte e celebre cada pequena vitória. É uma jornada longa, mas vale cada passo.”
Sobre a Ebserh
O Huol-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação. 

sábado, 1 de novembro de 2025

Câncer de próstata ainda mata 48 homens por dia no Brasil, mesmo com altas chances de cura

 

Mesmo sendo altamente curável quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata ainda faz 48 vítimas por dia no Brasil. Em 2024, foram 17.587 mortes causadas pela doença, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e do Ministério da Saúde. Nos últimos dez anos, o número de óbitos cresceu 21%, chegando a mais de 159 mil vidas perdidas entre 2015 e 2024.

Especialistas alertam que o preconceito e o tabu em torno do exame de toque retal continuam afastando homens dos consultórios. “Ainda existe certo desconforto em relação ao exame, mas ele é simples, barato e essencial para o diagnóstico”, explica o urologista Marco Arap, do hospital Sírio-Libanês. Segundo ele, mesmo com resultados normais no PSA, o toque pode revelar alterações importantes.

A SBU reforça que o rastreamento deve começar aos 50 anos, ou aos 45 em casos de risco elevado — como histórico familiar, obesidade ou pacientes negros, que têm o dobro de chance de desenvolver a doença. “O câncer de próstata é silencioso. Muitos só descobrem quando já está avançado, e as chances de cura diminuem drasticamente”, alerta Luiz Otávio Torres, presidente da SBU.

Nos casos iniciais, o acompanhamento clínico pode substituir o tratamento imediato, mas exige disciplina médica. “Há tumores de crescimento tão lento que o tratamento pode ser mais agressivo que o próprio câncer. Por isso, é fundamental o monitoramento contínuo para não perder a janela de cura”, conclui Arap.

Com informações da Folha de S.Paulo

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

46% dos homens acima de 40 anos só vão ao médico quando sentem algo, aponta pesquisa

 


Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que 46% dos homens acima de 40 anos só vão ao médico quando sentem algo e esse número aumenta para 58% quando o homem utiliza apenas o Sistema único de Saúde (SUS).

O estudo apontou também que o câncer de próstata é a doença urológica que mais provoca medo nos homens, com 58% das respostas. Em seguida, vem a impotência sexual (37%). Além disso, apenas 32% dos acima de 40 anos se consideram muito preocupados com a sua própria saúde. Apesar disso, metade deles tem medo ou ansiedade quando pensam em sua saúde.

O exame de toque retal ainda desperta medo em 1 em cada 7 homens. E este é o receio mais prevalente entre os homens 60+ e nos provenientes do Centro-Oeste. A região também se destaca por ter a maior concentração de homens com medo de ter câncer (64%) e disfunção erétil (43%).

O estudo, conduzido pelo Instituto de Pesquisa IDEIA Laboratório Adium, teve a participação de 1.500 homens acima de 40 anos, de todas as regiões do país, por meio de aplicativo mobile, de 7 a 12 de setembro de 2023.