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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Nova Adutora da Serra de Santana: um projeto de impacto regional que precisa ser debatido urgente!

 


A região da Serra de Santana, no Seridó potiguar, pode estar prestes a viver um novo capítulo na história do abastecimento de água. Trata-se da chamada Nova Adutora da Serra de Santana, um projeto que vai muito além da simples ampliação do sistema existente. Segundo especialistas, essa nova estrutura tem como objetivo revitalizar todo o sistema de abastecimento da região, garantindo o fornecimento pleno de água tanto para a zona urbana quanto para a zona rural.

Nova Adutora da Serra de Santana visa abastecer integralmente as sedes municipais de Lagoa Nova, Cerro Corá e Bodó. Já os municípios de São Vicente e Florânia serão atendidos pela Adutora de Currais Novos. Dessa forma, as águas da Adutora da Serra de Santana atenderão plenamente Tenente Laurentino Cruz e toda a zona rural da Serra de Santana, ampliando significativamente a segurança hídrica da região.

O projeto corresponde ao Trecho 3 do Setor Norte do Projeto Seridó, que possui cinco trechos e capta águas na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, abastecendo, ao final, os municípios de Currais Novos e Acari.
A nova adutora inicia em São Vicente, conta com cinco estações elevatóriassobe a Serra de Santana, passa por Lagoa Nova e termina em Bodó e Cerro Corá, configurando uma das obras mais estratégicas de infraestrutura hídrica do interior potiguar.

No entanto, parte da população ainda desconhece a real dimensão do projeto. Em Lagoa Nova, por exemplo, o tema ainda não foi amplamente discutido na Câmara de Vereadores, o que levanta a necessidade de um debate público mais profundo sobre os impactos e benefícios dessa nova adutora.

Essas observações foram feitas por Abner Guimarães Jr.engenheiro civil formado pela UFRN, com mestrado pela UFPB e doutorado pela USP, hoje aposentado como Professor Titular do Departamento de Engenharia Civil da UFRN. Com ampla experiência na área, ele participou da gestão e do planejamento de sistemas de abastecimento de água durante períodos críticos de seca no Rio Grande do Norte.

“Essa nova adutora é muito mais do que uma simples obra de engenharia. Ela tem um propósito regional, com potencial de transformar a realidade hídrica da Serra de Santana. É preciso envolver as prefeituras, os legislativos e a população nesse diálogo”, destacou o engenheiro.

Nova Adutora da Serra de Santana é considerada por especialistas um projeto único no Brasil. Ela foi concebida para garantir o abastecimento de 100% da população urbana e rural, algo raro no país — com poucas experiências semelhantes, como a de Sobral, no Ceará. É um sistema de grande porte, reconhecido pela sua importância técnica e social, mas que exige boa gestão e fiscalização comunitária para se manter eficiente e sustentável.

Durante períodos de seca, o sistema da Serra de Santana enfrentou desafios com o racionamento e o uso compartilhado entre municípios. O novo projeto, portanto, busca corrigir essas falhas e estabelecer um modelo de gestão mais participativo e racional do uso da água, priorizando sempre o consumo humano.

Para que o projeto alcance seu potencial, é fundamental uma articulação política entre os municípios da Serra de Santana — como Cerro Corá, Lagoa Nova, Bodó, Tenente Laurentino, Florânia e São Vicente. A proposta é que o debate seja ampliado para o âmbito da Associação dos Municípios do Seridó, garantindo uma visão conjunta e regionalizada da iniciativa.

Em resumo, a Nova Adutora da Serra de Santana representa uma oportunidade histórica de fortalecer o abastecimento de água e promover o desenvolvimento sustentável na região. Mas, para isso, é preciso transparência, diálogo e união entre os gestores e a sociedade civil.

Do Blog: Em Cerro Corá já foi proposto uma audiência publica para discutir esse assunto, que poderia incluir na pauta a exclusão do Consórcio Intermunicipal de Saneamento, que para muitos não serve para nada, apenas para causar transtornos no controle da distribuição de água a população da serra de Santana, são tantas reclamações com respostas sem fundamentos e jogo de empurra para a Companhia de água e esgotos-Caern.

Pix deverá ser instalado nos chips dos cartões de crédito e débito

 


O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), está prestes a passar por uma das maiores evoluções desde sua criação, em 2020. O BC e as principais bandeiras de cartões de crédito estudam incorporar o Pix diretamente aos chips dos cartões físicos, permitindo que o consumidor escolha entre crédito, débito ou Pix no momento da compra — sem precisar abrir o aplicativo bancário ou usar o celular.

A proposta, ainda em análise, tem o objetivo de tornar o Pix tão prático quanto o cartão tradicional, unindo a agilidade da tecnologia por aproximação (NFC) à instantaneidade das transferências. Se implementada, a medida poderá eliminar o uso de QR Codes e chaves Pix nas compras presenciais.

Atualmente, o Pix por aproximação já está disponível em carteiras digitais do Google Pay, mas ainda não funciona no iPhone, já que a Apple não liberou o recurso para o sistema iOS. O Banco Central segue em conversas com a empresa para tentar viabilizar a tecnologia.

Com o Pix instalado nos próprios cartões, a expectativa é que qualquer usuário possa pagar com o sistema instantâneo, independentemente do tipo de celular ou da compatibilidade com carteiras digitais.

A integração também traria vantagens para lojistas, já que o Pix não cobra as taxas de transação aplicadas às compras com cartão de crédito, mantendo a liquidação imediata dos valores.

Diário do Comércio

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Alerta: bancos vão cancelar ‘contas laranjas’ e de bets irregulares contra fraudes e lavagem de dinheiro

 


Começaram a adotar regras mais rígidas para bloquear movimentações suspeitas e cancelar contas de apostas irregulares (bets), ou seja, aquelas que não possuem autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda.

A medida foi anunciada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), nesta segunda-feira (27) e integra um pacote de ações de autorregulação do setor bancário para reforçar o combate ao crime financeiro e à lavagem de dinheiro.

De acordo com a Febraban, contas laranjas (abertas em nome de uma pessoa, mas usadas por terceiros para ocultar a origem de recursos) e contas frias (criadas de forma ilícita e sem o consentimento do titular) também serão bloqueadas e encerradas.

Os bancos deverão ainda reportar as irregularidades ao Banco Central (BC), o que permitirá o compartilhamento de informações entre as instituições financeiras e fortalecerá os mecanismos de controle e fiscalização.

A federação afirma que o objetivo da iniciativa é “fortalecer o compromisso do setor bancário contra o crime organizado e impedir o uso de contas para qualquer atividade ilícita”.

Regras e punições

O novo conjunto de regras, elaborado pela Autorregulação Bancária da Febraban, estabelece obrigações obrigatórias para todas as instituições. Entre elas estão:

  • Implementação de políticas internas rígidas para identificação de contas fraudulentas, “laranjas” e frias, e de contas ligadas a bets irregulares;
  • Recusa imediata de transações suspeitas e encerramento das contas ilícitas, com comunicação ao titular;
  • Reporte obrigatório ao Banco Central, com permissão para compartilhar informações entre bancos;
  • Monitoramento constante pela Autorregulação da Febraban, que poderá solicitar evidências de encerramento e reporte;
  • Participação direta das áreas de prevenção a fraudes, compliance, auditoria interna, jurídica e ouvidoria das instituições;
  • Punições em caso de descumprimento, que vão desde advertências e ajustes de conduta até a exclusão do sistema de autorregulação.

Prefeito de Cerro Corá explica decisão sobre não realizar festa de emancipação política

 


O prefeito de Cerro Corá Maciel Freire, divulgou um vídeo nas redes sociais ) justificando a não realização da festa de emancipação política dos 72 anos do município, que ocorreria em dezembro.

Em sua fala, o gestor destacou que a decisão foi difícil, mas necessária, diante da situação de seca severa que afeta a região, conforme o Decreto Estadual nº 34.946, que reconhece o estado de emergência.

Todos sabem do nosso compromisso com a cultura, o lazer e o turismo. Prova disso foram os grandes eventos que realizamos este ano — o Carnaval, o São João e o Festival de Inverno, o maior da história de Cerro Corá. Mas diante da seca que enfrentamos, decidimos com responsabilidade não realizar a festa de emancipação política deste ano”, afirmou o prefeito.

Segundo ele, os recursos que seriam destinados à festividade serão redirecionados para áreas essenciais, como o abastecimento de água, com a contratação de carros-pipa e outras ações fundamentais.

Sabemos da importância dessa festa, que movimenta o comércio, valoriza os artistas e reúne o nosso povo. Mas, neste momento, nossa prioridade é garantir que a população seja atendida com dignidade”, concluiu o prefeito, reforçando que segue firme e confiante em dias melhores para o município".

Roberto Paixão 

Prefeitura de Bodó suspende bets municipais após arrecadar R$ 8,3 milhões em 10 meses

 


A Prefeitura de Bodó, município localizado na região do Seridó potiguar, suspendeu todas as atividades da Loteria Municipal, a Lotseridó, após uma nota técnica da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda apontar que os municípios não têm competência legal para explorar apostas de quota fixa, conhecidas popularmente como “bets”. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município nesta segunda-feira (27).

A publicação cita que foram identificadas “inconsistências na atuação da Loteria Municipal de Bodó”, visando que a exploração dessa modalidade lotérica é restrita à União, aos estados e ao Distrito Federal, conforme a lei federal 14.790 de 2023. Diante disso, o prefeito Horison José da Silva determinou a suspensão imediata de todos os credenciamentos, contratos e operações vinculadas aos editais da loteria até nova deliberação do Executivo.

A Lotseridó havia iniciado suas operações em novembro de 2024, pelo ex-prefeito Marcelo Mário Porto Filho (PSD), tornando Bodó uma das primeiras cidades do Rio Grande do Norte a criar uma loteria municipal. Ao todo, 37 empresas foram credenciadas na cidade com 2,3 mil habitantes, possuindo cassinos onlines já em operação em plataformas digitais. Segundo dados divulgados pela própria Prefeitura, o município arrecadou R$ 8,3 milhões em dez meses de funcionamento, com recursos destinados a obras e serviços públicos, como a compra de ambulância, reforma de escolas e revitalização de pontos turísticos.

No entanto, desde o início das operações, o Ministério da Fazenda vinha considerando irregular a autorização concedida por prefeituras para exploração de apostas, afirmando que a lei federal não confere competência aos municípios para esse tipo de atividade.

A Secretaria de Prêmios e Apostas informou, em nota anterior à TRIBUNA DO NORTE, que vem atuando para coibir práticas semelhantes em todo o país, com mais de 18 mil sites e aplicativos bloqueados por operar sem autorização federal ou estadual.

Com a decisão, as plataformas credenciadas pela Lotseridó deverão interromper suas atividades até nova manifestação do Poder Executivo municipal, que aguarda análise jurídica para definir os próximos passos.

 Tribuna do Norte