A Polícia Militar informou que mais de 90 fuzis (foto) foram apreendidos na megaoperação realizada nesta terça-feira, 28, contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro.
Dos 64 mortos, quatro eram policiais.
Além disso, 15 agentes ficaram feridos e 81 suspeitos foram presos.
Operação Contenção
Segundo o Palácio Guanabara, trata-se da operação mais letal da história das forças de segurança do estado.
A ação faz parte da Operação Contenção, iniciativa permanente do governo fluminense para conter o avanço do CV.
Cerca de 2,5 mil agentes foram mobilizados para cumprir 100 mandados de busca e apreensão.
Castro recuou?
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), negou ter culpado o governo Lula por não ter participado da megaoperação contra o CV.
Ele afirmou ter ligado para a ministra Gleisi Hoffmann (PT), com quem disse ter um “diálogo ótimo”, para esclarecer sua declaração sobre blindados e GLO.
“Eu e a Gleisi temos um diálogo ótimo, e havia uma retórica mentirosa de que eu tinha jogado a culpa no governo federal. Eu disse: “Gleisi, quem está falando isso não ouviu minha fala”, disse ao Globo.
“Minha fala foi que o governo federal não estava com a gente nessa ação porque, das últimas três vezes que pedi os blindados, disseram que não podiam ceder porque era necessário uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), e o presidente Lula publicamente já disse que não vai fazer GLO. Foi isso”, afirmou.
Blindados e GLO
Mais cedo, Castro havia afirmado o pedido de apoio com blindados das Forças Armadas foi negado pelo governo federal em três ocasiões:
“Já entendemos haver a política é de não ceder (blindados das Forças Armadas). Falaram que tem que ter uma GLO (Garantia de Lei e Ordem). Depois, (disseram) que poderiam emprestar e voltaram atrás, porque o servidor que opera o blindado é federal e deveria ter a GLO, enquanto o presidente já falou que é contra a GLO”, disse.
Em nota, o Ministério da Defesa rebateu: “O Ministério da Defesa informa que, quando o Governo do Estado do Rio de Janeiro encaminhou ofício solicitando o apoio logístico da Marinha do Brasil (em janeiro de 2025), por meio do fornecimento de veículos blindados (CLAnf), o referido pedido foi submetido à análise da Advocacia-Geral da União (AGU). O ofício estava relacionado ao episódio ocorrido em dezembro de 2024, quando uma Capitã de Mar e Guerra da Marinha do Brasil faleceu ao ser atingida por uma bala no Hospital Naval Marcílio Dias. Naquele momento, a Marinha posicionou veículos blindados no perímetro do hospital, respeitando o limite legal de 1.400 metros em torno de instalações militares, medida voltada à segurança da área e dos militares. A AGU emitiu parecer técnico indicando que a solicitação do governo do RJ somente poderia ser atendida no contexto de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que demandaria Decreto Presidencial.”
oantagonista.com.br

Nenhum comentário:
Postar um comentário